sábado, abril 03, 2004

Sairam os resultados do Indie Destaque, votação promovida pelo selo mmrecords. O boletim completo está aqui. Particularmente, gostei de alguns resultados como a mudança de programação da Rádio Brasil 2000 FM ser considerado o fato indie do ano. Outro que me agradou muito foi a indicação de Eduardo Ramos, do selo Slag, como personalidade indie. Lembro-me dos sábados à tarde em que eu, ele, o casal Cristiano Wolf (ex-vocalista do Sleepwalkers) e Maui ficavamos conversando pelo ICQ. Eles mandavam arquivos de música para que eu pudesse ouvir. Tinham um projeto bacana chamado Plaster, que não foi adiante. Mas voltando a falar do Dú, ele é um cara que batalha pela cena indepentente. É ele quem está trazendo o Teenage Fanclub para o Brasil. Nada mais justo.
E não foi dessa vez que o Onzenet ganhou algum tipo de prêmio...he he he. Ele estava concorrendo a melhor blog indie. Já escrevi aqui que meu blog não se enquadra bem no perfil no proposto, mas a lembrança já me deixou satisfeito. O vencedor da categoria foi o Yer Blues, do Jonas Lopes. Ele foi o recordista de votos entre todas as categorias, totalizando 601. O Jonas é um garoto que está nos seus 19, 20 anos e escreve muito bem sobre música. Falta a ele uma certa maturidade, mas o tempo se encarregará de lhe dar isso. Outro resultado merecido.
O Onzenet teve 50 votos. Pena que eu não tenho verba para pagar um café a cada um dos meus eleitores. Mesmo assim, valeu.

Pois é, o pessoal ainda não se ligou que no dia primeiro de abril a imprensa européia adora publicar notícias fantasiosas. Já é tradição. Aqui no Brasil tem gente que é pego de calças curtas, daí o fato de reverberarem a fantasiosa demissão de Luiz Felipe Scolari do cargo de treinador da seleção portuguesa de futebol.
Não lembro de casos de jornalões brasileiros publicarem notícias fantasiosas tanto em suas primeiras páginas como em outros lugares. Interessante essa diferença. A séria Eurorpa costuma tirar um sarro que é característico da cultura do nosso Brasil.
O fato de alguns veículos terem caído nessa brincadeira de primeiro de abril dá a dimensão exata do quanto eles dependem do material que vem das agências internacionais de notícias. Conheço uma redação de exterior que não funciona se tirarem dela a Agência Reuters. O problema é que eles não se vacinam contra possíveis trotes como esses.
Só para fechar, rememoro aqui um caso ocorrido em 1996. Na véspera do dia 1/o uma das agências de notícias distribuiu uma nota dizendo que a ex-primeira ministra britânica Margareth Thatcher (conservadora) iria apoiar o candidato trabalhista. Um importante jornal daqui, cujos integrantes não viviam sem aquilo que já vem pronto e mastigado, a publicou. No dia seguinte, tiveram de dar um desmentido e uma explicação.

 
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