sexta-feira, janeiro 31, 2003

Tava lendo o editorial do Esquizofrenia sobre o imbróglio todo do zine com a hpG. Foi um show de arrogância e prepotência por parte da empresa de hospedagem. Se o zine estava praticando spam, que pelo menos mostrem provas. Em vez disso, preferiram se esquivar com a seguinte afirmação: "O hpG possui um sistema automático de remoção de sites que detecta todas as "home pages" que não estão de acordo com o nosso Termo de Serviço". A confiança que a hpG demosntra na sua tecnologia é enorme, como bem atesta o pronunciamento oficial (será que não é um eufemismo para a palavra preguiça?), mas sistemas automáticos também são capazes de falhar.
Como eu disse há alguns posts, tudo não passou de um mal entendido que a falta de habilidade da hpG transformou num incidente chato. Pensando bem, por que cobrar um outro tipo de postura por parte deles? Afinal, a receita não vem das hospedagens, uma vez que elas são gratuiutas, mas sim de anunciantes. Aposto que se a treta fosse com um patrocinador, a coisa seria tratada com toda a diplomacia possível.

Alguém aí já reparou que de vez em quando sempre surge alguma novidade no que diz respeito a Beatles? Uma delas foi o pacote Anthology, com uma série de três CDs, um livro e uma série de televisão. A mais recente foi 1, CD que reuniu todos os sngles que foram primeiro lugar nas paradas de sucesso. Quando todos imaginavam que nenhum coelho iria mais sair dessa cartola, eis que surge a novidade: uma nova versão de Let It Be vai ser lançada ainda nesse ano. A grande novidade fica por conta da supressão dos arranjos feitos pelo produtor Phil Spector para três canções: "I Me Mine", "Across The Universe" e "The Long and Winding Road". No caso dessa última, a intevenção de Spector foi mais radical, colocando um arranjo orquestral por cima de uma belíssima balada (um quase blues) de Paul McCartney. Quem assistiu a série na tv sabe bem do que eu falo. Phil Spector era um gênio, isso todos devem reconhecer. Ele é responsável por uma série de sensacionais contribuições à música, mas errou a mão ao trabalhar com a maior banda de rock de todos os tempos.
Do ponto de vista artístico, essas mudanças são mais que bem-vindas, porém uma série de duvidas ficam em suspensão no ar a partir de agora: por que não decidiram lançar essa nova versão há mais tempo? Sera apenas mais um factóide para manter o interesse na banda e criar um novo item de consumo para seus fãs? O que pode vir mais por aí? Faixas inéditas que foram esquecidas em algum canto dos estúdios Abbey Road ou gravações inéditas feitas na Cavern Club? Eu nunca esqueço a manchete de um artigo públicado na Folha de S. Paulo e assinado por Paulo Francis logo após a morte de John Lennon: "Cinco tiros abrem novos negócios".

Oba, durou menos que se esperava o recesso da versão on line do Esquzofrenia. Por um motivo besta qualquer, a HPG acabou tirando o site mantido pelo Gilberto Custódio Jr. sem mais nem menos. Para quem tenta acessar a antiga URL, há a explicação que foi desrespeitado um dos termos de serviço. Só que a retirada foi arbitrária e não foi dada uma chance de Custódio para se defender (e tudo não deve ter passado de um mal-entendido) e ao menos tentar um acordo. Azar do HPG que perdeu um excelente site. Infelizmente, esses serviços gratuitos são assim mesmo. Seus mantenedores acham que podem fazer tudo e mais um pouco. Mas há males que vem para bem. Toda essa confusão fez com que o Esquizofrenia ganhasse um endereço próprio: http://www.esquizofreniazine.com.br Ainda faltam pequenos ajustes, é verdade, mas em breve tudo estará redondinho e o leitor poderá acompanhar um dos melhores zines de indie rock em língua portuguesa.

 
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