quarta-feira, junho 25, 2003

Rápidas e rasteiras:
-O blog do coleguinha Gim Tones está de endereço novo.
-O chapa Gilberto Custódio Jr. agora tem uma coluna, intitulada Indie até a medula, no site da revista Zero
-Reconheço que o intervalo entre um post e outro aqui no blog está maior do que deveria, mas creio que a partir da próxima semana as coisas por aqui devem estar regularizadas.

sábado, junho 21, 2003

Tenho uma boa notícia aos leitores do Onzenet que não curtem futebol. Assumi uma coluna para palpitar bastante sonte o emplogante esporte bretão no site Papo de Bola, do meu chapa Eduardo de Oliveira Cesar. O texto de estréia já está no ar (que carece de alguns ajustes ainda) e pode ser lido aqui.

quinta-feira, junho 19, 2003

Essa história levantada pelo Daniel Castro de que a Globo quer distribuir às rádios comunitárias os áudios de alguns dos seus programas merece entrar para o Febeapá da comunicação brasileira por dois motivos. Primeiro que programa de tv não funciona em rádio e uma prova disso é a experiência do Programa do Jô na CBN. Segundo, porque essa iniciativa vai totalmente contra a principal finalidade desse tipo de emissora que é falar para a comundade onde está fixada (cadê o MiniCom e a Anatel?). Em vez de mexer com as comunitárias, a Globo poderia muito bem usar uma de suas muitas emissoras de rádio para servir de linha auxiliar de sua rede de televisão.

Não sou muito fã dessa coluna de rádio que a Folha On Line publica aos sábados, mas ela trouxe uma importante informação na semana passada. Quase todas as emissoras paulistanas tiveram perda de ouvintes no último trimestre, segundo dados do Ibope. Pode ser um sinal de que o público está se cansado daquilo que ouve no rádio, seja no que diz respeito a qualidade musical ou mesmo ao formato estético de programação, mas é bom esperar o resultado da próxima pesquisa para verificar se essa tendência se confirma.

Pitacos (ainda que tardios) sobre a questão do jabá.
É perda de tempo criar uma lei para criminalizar essa prática. A comparação que eu vou fazer é grosseira, mas se a Lei Seca não foi levada a sério nos EUA, imaginem o que aconteceria caso uma lei anti-Jabá passasse a vigorar amanhã neste paraíso tupiniquim, mais conhecido como a terra do jeitinho? Uma saída poderia ser a criação de mecanismos que deixassem mais claro quando e onde a gravadora pagou para que determinado artista tocasse numa rádio.
Há alguns anos (em 1997, acho), saiu um artigo na Time (reproduzido aqui em português pela Folha de S. Paulo) dando conta que nos EUA algumas gravadoras estavam comprando espaços musicais em emissoras norte-americanas, mas de uma forma transparente, pois logo depois que uma determinada música era tocada ia ao ar uma vinheta informando a qual CD ela pertencia. Ou seja, era quase um comercial. Não sei dizer se essa prática vingou lá, mas por que não tentar copia-la aqui no Brasil? O ouvinte daqui deve ter o direito de saber aquilo que lhe estão empurrando goela ( ou ouvido) abaixo. Se ele gostar, que consuma, como acontece com qualquer outro bem de consumo.
No ano passado eu tive a oportunidade de entrevistar o radialista Roberto Maia, ex-diretor da Rádio Brasil 2000 FM. Seu pensamento sobre esse assunto vai na linha da transparência: "Se tudo fosse às claras, não existiria corrupção. "

segunda-feira, junho 16, 2003

Para esse início de semana quero reproduzir trechos de dois textos bacanas que li na Internet e que servem para uma reflexão acerca do estágio atual que vive o jornalismo.

Um deles, é o editorial de Marcelo Costa, do site ScreamYell.

(...)
Seja picuinhas entre grandes tubarões e o governo federal, seja uma crise que têm no alto custo do papel seu maior vilão, dois dos maiores jornais brasileiros (e da América Latina) anunciaram violentos cortes (Folha e Estadão) e o cenário começa a brilhar nessa telinha que você está olhando agora: a internet.
Mais: muitos profissionais da área de cultura, tanto em palestras quanto em conversas de bar, assumem: se você quer informação, procure um e-zine. Eu estou falando sério!!! Editores de cadernos de cultura da imprensa escrita já assumem que o espaço que eles têm para falar sobre determinado assunto não consegue abrigar toda gama de informações e que em um e-zine o leitor terá muito mais espaço, variedade e (por que não?) honestidade.
Espaço porque quem vem em um site como o S&Y ler uma matéria, já vem sabendo que encontrará um texto de quatro a dez páginas de Word diferenciado da mídia tradicional. E, pior, se tiver que cortar página, pode se preparar que é o caderno de cultura que vai perder pautas em um jornal.
Variedade porque a quantidade de bons sites de cultura é tão grande que lendo o melhor de cada um, o leitor estará melhor informado sobre música, cinema e literatura do que se assinasse qualquer revista nacional por um ano.
E honestidade porque um e-zine está a serviço do sonho de seus realizadores, tanto editores quando colaboradores. Um e-zine não precisa ficar fazendo média com políticos, não precisa se preocupar no quanto a crítica feita vai influenciar no relacionamento com a indústria (indústria? tá) muito menos posar de sabe-tudo. A história aqui é escrever sobre coisas que gostamos para pessoas que gostam dessas coisas, lerem. Simples assim.
Muita gente teima em afirmar que a descentralização da informação via web é a lápide do jornalismo impresso. Discordo, em termos. E tudo que penso sobre o assunto não cabe em um pequeno editorial mensal, mas basta dizer que a mídia impressa precisa adaptar-se aos novos tempos, buscar novas formas de atrair o leitor, o que inclui boas pautas e bons textos (o que vai contra essa 'limpeza' nas redações, afinal, como um jornalista vai se ater a fazer bons textos trabalhando por quatro, cinco outros). Estão deixando a qualidade de lado e essa sim será a lápide no juízo final. (sic).


Costa, de certa forma, aprofunda alguns tópicos que eu abordei naquele artigo sobre e-zines para o Observatório da Imprensa.

O outro texto é do blog de Alex Maron.

Eu não sou conservador a respeito de comunicação, não. Muitas gente se surpreende quando vê que, embora eu seja jornalista, eu sou a última pessoa a sacanear alguém por conta de algum erro de ortografia. Sim, porque quem é jornalista sabe que erra e muito, todos os dias. Para errar, basta escrever. E no fim das contas, o que importa é a comunicação. Mas não vamos exagerar...
Claro que há erros e erros. Você vê uma palavra e saca logo se o erro é de ortografia ou de digitação. Basta ver uma palavra escrita de um jeito estranho e olhar para o teclado para entender como aquele erro aconteceu.






domingo, junho 15, 2003

Bomba: emissora de rádio boicota música dos contratados da Warner Music? Motivo? Falta de acordo sobre o valor do jabá. Leia mais a respeito no Ultravox.

sexta-feira, junho 13, 2003

Nosso amigo Lúcio Ribeiro, em viagem de férias, deve ter se esquecido do assunto "Zero" (ver post do dia 05/06).

Por que as pessoas bacanas têm que partir cedo demais?

quarta-feira, junho 11, 2003

Comprei a Zero dedicada ao filme Matrix Reloaded, a mesma que gerou todo um bafafá por causa de um texto chupinhado da Folha de S. Paulo escrito pelo Alex Maron, em 1999.
Creio que foi uma decisão ousada derrubar as seções normais da revista para torná-la uma edição monotemática. Ao mesmo tempo, trata-se de uma estratégia arriscada. Isso porque existem dois tipos de leitores: os inteligentes e os nem tanto. Alías, essa é uma característica da vida em geral. Existem pessoas para as quais nem é necessário explicar muita coisa. Meia palavra basta para os bons entendedores. Por outro lado, com outros tipos de pessoas, existe um trabalho maior quando vai se explicar certas coisas (é por isso que se deve ir com calma, principalmente quando algúem aparece com uma idéia nova "genial" e se justifica dizendo que não se pode subestimar a inteligência do leitor). Os leitores inteligentes certamente irão sacar que esta foi uma edição especial num momento excepcional. Já a tribo dos leitores nem tanto inteligentes talvez possa pensar que a Zero mudou de perfil, deixando a música de lado. Quem se decepionar com essa edição só com o filme talvez fique na dúvida se compra a próxima. Apesar de ser o hype do momento, não são todos que gostam da saga Matrix.
A questão do texto chupado (o box da página 39) infelizmente chamou muito mais a atenção do que o restante do conteúdo deste número da Zero. Os textos da Ana Maria Bahiana, uma de nossas melhores profissionais do jornalismo cultural, ficaram em segundo plano. Numa primeira olhada, não associei a hipotética autoria do box à frila que fez o texto principal (ele começa na página anterior), mas isso é uma questão interpretativa de cada leitor. Em alguns veículos a norma é a de que textos não-assinados são de autoria de alguém da redação. Mas esse é o problema: sei disso e consigo fazer essa diferenciação porque eu conheço mais ou menos as técnicas, manjo um pouco desse meio. O restante dos leitores não tem qualquer obrigação de conhecer os meandros da produção de uma revista ou jornal.
Eu torço para que a retratação prometida pelos manda-chuvas da revista possa colocar todas as coisas nos seus devidos lugares. Espero também que esse incidente não seja um empecilho na carreira da jornalista, que foi uma vítima nesse imbróglio todo.

terça-feira, junho 10, 2003

Está no ar a minha participação na Coluna Vertebral, pendurada no site da Rádio Brasil 2000 FM (SP).
Neste mês, resolvi escrever sobre a nova safra de bandas que tem jornalistas em sua formação. Na verdade, nem é tão nova assim, mas só mesmo lendo o texto para saber de maiores detalhes. O endereço é: http://www.brasil2000.com.br/colunavertebral.php?cls_codigo=8

sexta-feira, junho 06, 2003

Qual seria a reação do crítico musical Lester Bangs (1948-1982) ao saber que tem gente aqui no Brasil usando seu nome em vão?

Informação do site Comunique-se:

Após dois anos fora do mercado, a 89FM, emissora de São Paulo, prepara o relançamento da Revista Rock, em parceria com a Sisal Editora. A publicação será dirigida por Roberto Pierantoni, que comandava os títulos Oficina Mecânica e Hot, na própria Sisal, com Cláudia de Castro Lima atuando como editora assistente. Contará, ainda, com a colaboração de frilas e da equipe de jornalismo da 89, dirigida por Luciana Curiati.

quinta-feira, junho 05, 2003

Cenas de mais um capítulo da novela sobre jornalismo cultural picareta:
-Num primeiro momento soou um tanto estranho que o Alexandre Matias, em seu Trabalho Sujo 40, dedicasse um bom espaço de sua coluna para falar das aventuras do jornalista Pepe Escobar, na década de 80, reproduzindo trechos do livro "Dias de Luta", escrito por Ricardo Alexandre. Afinal, não é ele o responsável pelos casos já exaustivamente abordados aqui. Pareceu que a intenção era se evitar falar específicamente do que está acontecendo nas últimas semanas. Porém, a mensagem que Matias quer passar é mais ou menos a seguinte: essas histórias vão acabar caindo no esquecimento e o profissional que as proporcionou irá continuar sua carreira normalmente, como se nada tivesse acontecido...até o próximo deslize ético.
Aliás, já está na hora de se dar nome ao boi, não é mesmo? Mas há um probleminha aí: quem pariu a criança, que a embale...(isso remete ao segundo tópico).
-O Lúcio Ribeiro continua com sua colaboração semanal na Pensata, da Folha On Line, mesmo após não ter mais vínculo empregatício com a Folha de S. Paulo. Em sua coluna, que continua sendo colocada no ar em duas fases (uma na quarta e outra na quinta), ele promteu, falar entre outras coisas, da "Zero". Porém, após o "update" da quinta, nada foi escrito a respeito. Será que Lúcio iria comentar algo sobre o box do especial de Matrix Reloaded que a revista plagiou da Folha?
(Aliás, um parêntese: o site Comunique-se não melhorou a nota na qual informou que seu nome estava na lista de demitidos em mais um corte de pessoal praticado pela direção na última semana. Lúcio fez um acordo e vai continuar sim, mas como free-lance, prova disso é que ele já fez duas colunas após ter deixado o jornal e já avisou que a da próxima semana será mandada de Ibiza, na Espanha. O Comunique-se é um bom site, porém, as vezes, deixa a desejar em alguns pontos).
(Outro parêntese: decidi que irei continuar grafando o misto de e-zine e blog Trabalho Sujo, pilotado pelo Matias, desse modo, sem qualquer tipo de alteração, até porque Trabajo Sulho, seu nome oficial, é complicado de pronunciar).

terça-feira, junho 03, 2003

Aos poucos, o caso de sacanagem jornalistica envolvendo a revista Zero está sendo esclarecido. Uma coisa já é certa. A frila que fez um dos textos sobre o filme Matrix Reloaded NÃO tem nada a ver com o rolo. Tudo indica que foi alguém da redação que pegou o texto feito por Alex Maron, na Folha, e o enxertou na página em que saiu a reportagem dela. Ainda falta um posicionamento oficial da revista, mas este incidente já provocou a saída de uma pessoa importante do staff da Zero. Leia mais a respeito neste post de Maron.

segunda-feira, junho 02, 2003

Vou reproduzir aqui no blog a mensagem deixada pela Mimi, do Fama, sobre as picaretagens no jornalismo.
Pô, esta história de plágio deveria ser discutida também nas facs de jornalismo...vários colegas meus fazem isso, tanto redigindo matérias e inventando entrevistados, quanto escrevendo trabalhos pra a fac copiados da net.
Um absurdo.
Deixam a ética de lado e se aproveitam do trabalho alheio.
Esta coisa de invenção de entrevistas é velha....tem jornalista que acha que leitor é burro.


No final, ela deixa uma pergunta:
Mas me fala, o que o jornal deve fazer para coibir isto?! Pois se a entrevista for por telefone, dá para gravar, mas se for por e-mail, como saber se a fonte é verídica?!
O que o editor deve fazer para se certificar da veracidade dos fatos?!


Bem, o Émerson Gasperin já deu uma resposta em sua coluna, cujo trecho pode ser lido alguns posts abaixo.
Se eu estivesse no lugar dele não faria nada de muito diferente. Se a entrevista foi gravada, eu faria questão de ouvir ao menos um trecho da conversa. E pedria para ver o e-mail com as respostas e depois, se houvesse alguma dúvida ainda, procuraria uma confirmação com um assessor de imprensa, agente, empresário ou com o próprio entrevistado em último caso. Talvez alguns digam que isso é trabalhoso demais, que o ritmo alucinante do jornalismo não permite que haja uma brecha de tempo para esse tipo de procedimento, mas creio que é melhor perder alguns minutos para essa checagem do que perder a credibilidade da publicação pra vida toda. Digo isso porque em muitos casos nem é o jornalista que vai pagar o pato. Quem leva a culpa, no fim, é a revista ou jornal que publica uma fraude. O leitor comum não se preocupa com nomes de jornalistas, quem assinou matéria x ou y. Enfim, acho que não é necessário nenhum grande ovo de colombo para se precaver de picaretagens. Basta ligar o picaretódromo. É, não tem gente que liga o f***-se? Então, é só usar esse outro aparelhinho.

 
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